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Ao longo da História, as fontes de água foram consideradas sagradas, merecedoras de reverência e respeito. Com a chegada das torneiras e da água engarrafada, esquecemos que antes de fluir pelos tubos condutores e antes de ser vendida aos consumidores embalada em plástico, a água é um presente da natureza.
Na Índia, todo rio é sagrado. Os rios são considerados extensões e manifestações parciais dos deuses, do divino. Segundo a cosmologia Rigvédica, a própria possibilidade de vida no planeta está associada com a libertação das águas celestiais empreendida por Indra, deus da chuva. Vrtra, inimigo de Indra e demônio do caos, escondeu e guardou as águas, inibindo assim a criação. Quando Indra derrotou Vrtra, as águas celestiais se precipitaram sobre a terra, e a vida teve início.
Existem várias crenças hindus que dão várias versões do nascimento de Ganga. Segundo uma versão, a água sagrada do Kamandalu (um recipiênte de água) do deus Brahma tornou-se personificado como uma donzela, Ganga. De acordo com outra estória, Brahma com devoção lavou os pés de Vishnu e recolhidos esta água em sua Kamandalu . Ainda de acordo com uma terceira versão, Ganga era filha de Himavat , o rei das montanhas, e sua consorte Mena, ela era assim, uma irmã da deusa Parvati . Cada versão declara que ela foi criada nos céus, sob a tutela de Brahma .
Segundo a cosmologia hindu, o Rio Ganges se origina nos céus. A Kumbh Mela, o grande festival que ocorre ao redor do Ganges, é uma celebração da criação. Segundo uma fábula, os deuses e os demônios lutavam pela kumbh (jarra, pote), onde se encontrava o amrit (néctar), criado pelo sagar manthan (o escumar dos oceanos). Jayant, filho de Indra, escapou com a kumbh e por 12 dias consecutivos os demônios lutaram contra os deuses pela posse da jarra. Finalmente, venceram os deuses, beberam o amrit e alcançaram a imortalidade.
Durante a batalha pela posse da kumbh, cinco gotas de amrit caíram na terra, em Allahabad, Haridwar, Nasik, Ujjain e Varanasi as cinco cidades onde o festival da Kumbh Mela tem lugar
O mais antigo e mais conhecido mito sobre a criação do Ganges é a lenda de Bhagirath. Bhagirath era descendente do Rei Sagar, o rei dos oceanos. O Rei Sagar tinha massacrado os demônios na terra e estava realizando um aswamedh-yagya (sacrifício de um cavalo), proclamando sua supremacia. Indra, deus da chuva e soberano supremo do reino dos deuses, temia perder seu poder, roubou o cavalo de Sagar, amarrou-o ao ashram do grande sábio Kapila. Naquela época, Kapila estava em profunda meditação, inadvertido da diabrura de Indra.
Quando o Rei Sagar ficou sabendo do cavalo roubado, enviou seus 60.000 filhos para buscá-lo. Os filhos, finalmente, encontraram o cavalo perto do sábio que meditava e começaram a armar um ataque contra ele. Quando o sábio abriu os olhos, ficou irado por encontrar os irmãos conspiradores, reduzindo-os a cinzas.
Anshuman, neto do Rei Sagar, eventualmente conseguiu reaver o cavalo do sábio Kapila. Anshuman reportou ao seu avô que o sábio, irado, tinha queimado seus 60.000 filhos. O único modo para que os filhos pudessem alcançar a abóbada celeste seria se o Ganges descesse dos céus até eles, para que a água pudesse purificar as cinzas de seus filhos. Infelizmente, Anshuman e seu filho Dilip não foram bem-sucedidos em sua tentativa de trazer o Ganges à terra.
Finalmente, Bhagirath, neto de Anshuman e filho de Dilip, foi aos Himalaias e começou a meditar, na cidade de Gangotri. Após uma longa meditação, o Ganges lhe apareceu em seu corpo físico, concordando em descer até a terra desde que alguém conseguisse amortecer o impacto de sua poderosa queda, pois, do contrário, a terra seria destruída pelo impacto. O Rei Bhagirath apelou para Shiva, que aceitou suavizar o impacto da descida do Ganges usando seu próprio cabelo. O rio seguiu Bhagirath até onde as cinzas dos filhos do Rei Sagar tinham sido empilhadas, purificando suas almas, e abrindo para eles o caminho até os céus.
Como o Ganges desce do céu, ele representa uma ponte sagrada para o divino. O Ganges é uma tirtha, um lugar de travessia de um ponto para outro. Ela é o único rio a seguir a partir de todos os três mundos - Swarga (céu), Prithvi (Terra) e, Patala (inferno ou para o inferno). Assim é chamada de "Tripathagā" (aquele que percorre os três mundos), em sânscrito língua.
O Gangastothra-sata-namavali é uma ode ao rio que revela o profundo efeito do mesmo sobre a Índia. Essa ode-saudação contém os 108 nomes sagrados do rio. O papel do Ganges como mediador entre este mundo material e o plano divino toma forma entre os hindus nos rituais dos funerais. As cinzas dos antepassados e das famílias indianas são lançadas no Ganges, de modo que, como os filhos do Rei Sagar, eles também consigam efetuar a transição para os céus.
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Ganga - The Holy Ganges
Throughout history, water sources were considered sacred, worthy of reverence and respect. With the arrival of taps and bottled water, we forget that before flowing through the pipes and conductors before being sold to consumers packaged in plastic, water is a gift of nature.
In India, every river is sacred. The rivers are considered extensions and partial manifestations of the gods, the divine. According to the Rigvedic cosmology, the very possibility of life on the planet is associated with the release of the celestial waters undertaken by Indra, god of rain. Vrtra, the enemy of Indra and the demon of chaos, hid and saved the water, thus inhibiting the creation. When defeated Vrtra Indra, the celestial waters rushed over the land, and life began.
There are several Hindu beliefs that give various versions of the birth of Ganga. According to one version, the holy water of the Kamandalu (Water jar) of the god Brahma became personified as a maiden, Ganga. According to another story, with devotion Brahma washed the feet of Vishnu and collected this water in your Kamandalu. According to yet a third version, Ganga was the daughter of Himavat, the king of mountains, and his consort Mena, she was thus a sister of the goddess Parvati. Each version states that it was created in heaven, under the tutelage of Brahma.
According to Hindu cosmology, the Ganges originates in heaven. The Kumbh Mela, the great festival that occurs around the Ganges, is a celebration of creation. According to one tale, the gods and demons fought for kumbh (pot pot), where was the amrit (nectar), created by sagar Manthan (skim the ocean). Jayant, the son of Indra, escaped with the kumbh for 12 consecutive days and the demons fought against the gods for the possession of the jar. Finally, defeated the gods drank the amrit and achieved immortality.
During the battle for possession of kumbh, five drops of amrit fell to earth, in Allahabad, Haridwar, Nasik, Ujjain and Varanasi the five cities where the festival of Kumbh Mela takes place
The oldest and best known myth about the creation of the Ganges is the legend of Bhagirath. Bhagirath was a descendant of King Sagar, the king of the oceans. King Sagar had slain the demons on earth and was performing a aswamedh-yagya (sacrifice of a horse), proclaiming its supremacy. Indra, god of rain and supreme sovereign of the realm of the gods, feared losing their power, stole Sagar's horse, tied him to the ashram of the great sage Kapila. At that time, Kapila was in deep meditation, unintended devilry of Indra.
When King Sagar heard about the stolen horse, 60,000 sent his sons to fetch him. The children finally found the horse near the sage who meditated and began to mount an attack against him. When the sage opened his eyes, he was angry to find the brothers conspirators, reducing them to ashes.
Anshuman, a grandson of King Sagar, eventually managed to recover the horse of the sage Kapila. Anshuman reported to his grandfather that the wise, angry, had burned their 60,000 children. The only way that the children could reach the sky would be if the Ganges descended from heaven to them, so that water could purify the ashes of their children. Unfortunately, Anshuman and his son Dilip were not successful in his attempt to bring the Ganges to earth.
Finally, Bhagirath, the grandson of Anshuman and of Dilip's son, went to the Himalayas and began to meditate in the town of Gangotri. After a long meditation, the Ganges appeared to him in his physical body, agreeing to descend to the earth from which one could cushion the blow of his mighty fall, since, otherwise, the earth would be destroyed by the impact. King Bhagirath appealed to Shiva, who agreed to soften the impact of the descent of the Ganges using your own hair. The river followed Bhagirath to where the ashes of the sons of King Sagar had been stacked, purifying their souls and opening for them the way to heaven.
As the Ganges descends from heaven, it represents a bridge sacred to the divine. The Ganges is a tirtha, a place of passage from one point to another. She is the only river below from all the three worlds - Swarga (heaven), Prithvi (earth) and Patala (hell or hell). So it is called "Tripathagā" (one who travels the three worlds), in Sanskrit language.
The Gangastothra-sata-namavali is an ode to the river that reveals the profound effect the same about India. This ode-greeting contains the 108 names of the sacred river. The role of the Ganges as a mediator between the material world and the divine plan takes shape among the Hindus in the rituals of funerals. The ashes of the ancestors and the Indian families are thrown into the Ganges, so that, as the sons of King Sagar, they are also able to make the transition into the heavens.
Ao longo da História, as fontes de água foram consideradas sagradas, merecedoras de reverência e respeito. Com a chegada das torneiras e da água engarrafada, esquecemos que antes de fluir pelos tubos condutores e antes de ser vendida aos consumidores embalada em plástico, a água é um presente da natureza.
Na Índia, todo rio é sagrado. Os rios são considerados extensões e manifestações parciais dos deuses, do divino. Segundo a cosmologia Rigvédica, a própria possibilidade de vida no planeta está associada com a libertação das águas celestiais empreendida por Indra, deus da chuva. Vrtra, inimigo de Indra e demônio do caos, escondeu e guardou as águas, inibindo assim a criação. Quando Indra derrotou Vrtra, as águas celestiais se precipitaram sobre a terra, e a vida teve início.
Existem várias crenças hindus que dão várias versões do nascimento de Ganga. Segundo uma versão, a água sagrada do Kamandalu (um recipiênte de água) do deus Brahma tornou-se personificado como uma donzela, Ganga. De acordo com outra estória, Brahma com devoção lavou os pés de Vishnu e recolhidos esta água em sua Kamandalu . Ainda de acordo com uma terceira versão, Ganga era filha de Himavat , o rei das montanhas, e sua consorte Mena, ela era assim, uma irmã da deusa Parvati . Cada versão declara que ela foi criada nos céus, sob a tutela de Brahma .
Segundo a cosmologia hindu, o Rio Ganges se origina nos céus. A Kumbh Mela, o grande festival que ocorre ao redor do Ganges, é uma celebração da criação. Segundo uma fábula, os deuses e os demônios lutavam pela kumbh (jarra, pote), onde se encontrava o amrit (néctar), criado pelo sagar manthan (o escumar dos oceanos). Jayant, filho de Indra, escapou com a kumbh e por 12 dias consecutivos os demônios lutaram contra os deuses pela posse da jarra. Finalmente, venceram os deuses, beberam o amrit e alcançaram a imortalidade.
Durante a batalha pela posse da kumbh, cinco gotas de amrit caíram na terra, em Allahabad, Haridwar, Nasik, Ujjain e Varanasi as cinco cidades onde o festival da Kumbh Mela tem lugar
O mais antigo e mais conhecido mito sobre a criação do Ganges é a lenda de Bhagirath. Bhagirath era descendente do Rei Sagar, o rei dos oceanos. O Rei Sagar tinha massacrado os demônios na terra e estava realizando um aswamedh-yagya (sacrifício de um cavalo), proclamando sua supremacia. Indra, deus da chuva e soberano supremo do reino dos deuses, temia perder seu poder, roubou o cavalo de Sagar, amarrou-o ao ashram do grande sábio Kapila. Naquela época, Kapila estava em profunda meditação, inadvertido da diabrura de Indra.
Quando o Rei Sagar ficou sabendo do cavalo roubado, enviou seus 60.000 filhos para buscá-lo. Os filhos, finalmente, encontraram o cavalo perto do sábio que meditava e começaram a armar um ataque contra ele. Quando o sábio abriu os olhos, ficou irado por encontrar os irmãos conspiradores, reduzindo-os a cinzas.
Anshuman, neto do Rei Sagar, eventualmente conseguiu reaver o cavalo do sábio Kapila. Anshuman reportou ao seu avô que o sábio, irado, tinha queimado seus 60.000 filhos. O único modo para que os filhos pudessem alcançar a abóbada celeste seria se o Ganges descesse dos céus até eles, para que a água pudesse purificar as cinzas de seus filhos. Infelizmente, Anshuman e seu filho Dilip não foram bem-sucedidos em sua tentativa de trazer o Ganges à terra.
Finalmente, Bhagirath, neto de Anshuman e filho de Dilip, foi aos Himalaias e começou a meditar, na cidade de Gangotri. Após uma longa meditação, o Ganges lhe apareceu em seu corpo físico, concordando em descer até a terra desde que alguém conseguisse amortecer o impacto de sua poderosa queda, pois, do contrário, a terra seria destruída pelo impacto. O Rei Bhagirath apelou para Shiva, que aceitou suavizar o impacto da descida do Ganges usando seu próprio cabelo. O rio seguiu Bhagirath até onde as cinzas dos filhos do Rei Sagar tinham sido empilhadas, purificando suas almas, e abrindo para eles o caminho até os céus.
Como o Ganges desce do céu, ele representa uma ponte sagrada para o divino. O Ganges é uma tirtha, um lugar de travessia de um ponto para outro. Ela é o único rio a seguir a partir de todos os três mundos - Swarga (céu), Prithvi (Terra) e, Patala (inferno ou para o inferno). Assim é chamada de "Tripathagā" (aquele que percorre os três mundos), em sânscrito língua.
O Gangastothra-sata-namavali é uma ode ao rio que revela o profundo efeito do mesmo sobre a Índia. Essa ode-saudação contém os 108 nomes sagrados do rio. O papel do Ganges como mediador entre este mundo material e o plano divino toma forma entre os hindus nos rituais dos funerais. As cinzas dos antepassados e das famílias indianas são lançadas no Ganges, de modo que, como os filhos do Rei Sagar, eles também consigam efetuar a transição para os céus.
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Ganga - The Holy Ganges
Throughout history, water sources were considered sacred, worthy of reverence and respect. With the arrival of taps and bottled water, we forget that before flowing through the pipes and conductors before being sold to consumers packaged in plastic, water is a gift of nature.
In India, every river is sacred. The rivers are considered extensions and partial manifestations of the gods, the divine. According to the Rigvedic cosmology, the very possibility of life on the planet is associated with the release of the celestial waters undertaken by Indra, god of rain. Vrtra, the enemy of Indra and the demon of chaos, hid and saved the water, thus inhibiting the creation. When defeated Vrtra Indra, the celestial waters rushed over the land, and life began.
There are several Hindu beliefs that give various versions of the birth of Ganga. According to one version, the holy water of the Kamandalu (Water jar) of the god Brahma became personified as a maiden, Ganga. According to another story, with devotion Brahma washed the feet of Vishnu and collected this water in your Kamandalu. According to yet a third version, Ganga was the daughter of Himavat, the king of mountains, and his consort Mena, she was thus a sister of the goddess Parvati. Each version states that it was created in heaven, under the tutelage of Brahma.
According to Hindu cosmology, the Ganges originates in heaven. The Kumbh Mela, the great festival that occurs around the Ganges, is a celebration of creation. According to one tale, the gods and demons fought for kumbh (pot pot), where was the amrit (nectar), created by sagar Manthan (skim the ocean). Jayant, the son of Indra, escaped with the kumbh for 12 consecutive days and the demons fought against the gods for the possession of the jar. Finally, defeated the gods drank the amrit and achieved immortality.
During the battle for possession of kumbh, five drops of amrit fell to earth, in Allahabad, Haridwar, Nasik, Ujjain and Varanasi the five cities where the festival of Kumbh Mela takes place
The oldest and best known myth about the creation of the Ganges is the legend of Bhagirath. Bhagirath was a descendant of King Sagar, the king of the oceans. King Sagar had slain the demons on earth and was performing a aswamedh-yagya (sacrifice of a horse), proclaiming its supremacy. Indra, god of rain and supreme sovereign of the realm of the gods, feared losing their power, stole Sagar's horse, tied him to the ashram of the great sage Kapila. At that time, Kapila was in deep meditation, unintended devilry of Indra.
When King Sagar heard about the stolen horse, 60,000 sent his sons to fetch him. The children finally found the horse near the sage who meditated and began to mount an attack against him. When the sage opened his eyes, he was angry to find the brothers conspirators, reducing them to ashes.
Anshuman, a grandson of King Sagar, eventually managed to recover the horse of the sage Kapila. Anshuman reported to his grandfather that the wise, angry, had burned their 60,000 children. The only way that the children could reach the sky would be if the Ganges descended from heaven to them, so that water could purify the ashes of their children. Unfortunately, Anshuman and his son Dilip were not successful in his attempt to bring the Ganges to earth.
Finally, Bhagirath, the grandson of Anshuman and of Dilip's son, went to the Himalayas and began to meditate in the town of Gangotri. After a long meditation, the Ganges appeared to him in his physical body, agreeing to descend to the earth from which one could cushion the blow of his mighty fall, since, otherwise, the earth would be destroyed by the impact. King Bhagirath appealed to Shiva, who agreed to soften the impact of the descent of the Ganges using your own hair. The river followed Bhagirath to where the ashes of the sons of King Sagar had been stacked, purifying their souls and opening for them the way to heaven.
As the Ganges descends from heaven, it represents a bridge sacred to the divine. The Ganges is a tirtha, a place of passage from one point to another. She is the only river below from all the three worlds - Swarga (heaven), Prithvi (earth) and Patala (hell or hell). So it is called "Tripathagā" (one who travels the three worlds), in Sanskrit language.
The Gangastothra-sata-namavali is an ode to the river that reveals the profound effect the same about India. This ode-greeting contains the 108 names of the sacred river. The role of the Ganges as a mediator between the material world and the divine plan takes shape among the Hindus in the rituals of funerals. The ashes of the ancestors and the Indian families are thrown into the Ganges, so that, as the sons of King Sagar, they are also able to make the transition into the heavens.